O que causou o novo conflito entre Gaza e Israel

(Foto: Times of israel)

Uma nova onda de conflitos entre Israel e os grupos terroristas da Faixa de Gaza tem ocorrido durante o mês de Maio, girando entre atentados, mísseis e bombardeios.

Tudo começou dias depois que terroristas de Gaza liderados pela Jihad Islâmica dispararam 104 foguetes contra Israel em resposta à morte de um suposto membro sênior do grupo que estava em greve de fome na prisão israelense. Vários foguetes atingiram a cidade de Sderot durante o confronto de 2 de maio, ferindo três trabalhadores e danificando casas e carros.

Enquanto os terroristas fazem ataques aleatórios buscando o maior número de baixas civis, Israel realiza operações cirúrgicas contra alvos prioritários. Explosões atingiram Gaza na manhã de terça-feira, quando a Força Aérea de Israel assassinou três membros de alto escalão do grupo terrorista Jihad Islâmica.

As Forças de Defesa de Israel disseram ter assassinado Khalil Bahtini, que comanda a Jihad Islâmica no norte de Gaza, Jihad Ghanem, um alto funcionário do conselho militar do grupo, e Tareq Izz ed-Din, que, segundo eles, dirige as atividades terroristas da Jihad Islâmica na Cisjordânia de uma base em Gaza. Os golpes separados nos três ocorreram em 20 segundos. A Jihad Islâmica confirmou que os três estavam entre os mortos.

A IDF começou a atingir alvos na Faixa logo após as 2 da manhã em um ataque surpresa coordenado aos líderes seniores do grupo.

O porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari, disse que as IDF atingiram seus objetivos com os ataques iniciais.

“Nesta fase, conseguimos o que nos propusemos, acertamos o necessário e, se necessário, aprofundaremos mais os ataques. Estamos preparados para qualquer cenário”, disse Hagari aos repórteres.

Ele disse que 40 aeronaves, incluindo caças, realizaram os ataques principais com segundos de diferença, em três locais da Faixa.

Desde então mais de 500 foguetes foram lançados em direção a Israel pelo Jihad, enquanto o Hamas se mantém inicialmente fora do conflito, apesar de já ter demonstrado que deve fazer uma entrada caso as ações se prolonguem.

De acordo com os militares, pelo menos 394 dos projéteis cruzaram a fronteira, enquanto 124 falharam em Gaza - alguns deles teriam matado quatro palestinos.

A IDF disse que os sistemas de defesa aérea - Iron Dome e David's Sling de médio alcance - interceptaram 175 dos foguetes, marcando uma taxa de interceptação de 95 por cento de projéteis indo para áreas povoadas, enquanto um punhado pousou em áreas urbanas, causando danos.

Os militares também disseram ter realizado ataques contra 166 alvos pertencentes à Jihad Islâmica durante a campanha.

Um cessar-fogo chegou a ser negociado entre as partes na quarta-feira, mas foi interrompido após uma nova sequência de lançamentos em direção a Israel. Também na quarta-feira, dois membros de uma ala local da Jihad Islâmica Palestina na Cisjordânia foram mortos em um tiroteio com as forças IDF.

No dia de hoje, um projétil de uma onda de foguetes disparados de Gaza atingiu e danificou uma casa em Rehovot, deixando ao menos 5 pessoas feridas e causando a primeira baixa civil israelense no conflito.

O lançamento ocorreu após uma operação certeira de Israel na cidade de Bani Suheila, no sul de Gaza, perto de Khan Younis, que matou Ahmad Abu Daqqa, vice-comandante das forças de foguetes da Jihad Islâmica. Já o chefe das forças de foguetes da Jihad Islâmica Ali Ghali, foi morto em um ataque israelense separado na manhã de quinta-feira, dando outro golpe ao grupo na última rodada de hostilidades e diminuindo ainda mais as esperanças de um cessar-fogo.

A IDF disse que Abu Daqqa "teve um papel significativo no comando e na execução dos bombardeios de foguetes contra Israel" no último dia.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por sua vez, emitiu um alerta à Jihad Islâmica.

“Esta manhã alvejamos o comandante do conjunto de mísseis da Jihad Islâmica em Gaza. Agora, apenas uma hora atrás, alvejamos seu vice também”, disse Netanyahu durante uma visita a uma base militar que abriga o sistema de defesa aérea David's Sling.

O ministério da saúde administrado pelo Hamas na Faixa de Gaza disse que, além de Abu Daqqa, outros quatro ficaram feridos no ataque aéreo israelense. A Jihad Islâmica Palestina também confirmou a morte de Abu Daqqa, dizendo que ele foi morto em um “assassinato sionista covarde”.

Falando a repórteres após o último ataque aéreo, o chefe do Comando Sul das IDF, major-general Eliezer Toledano, disse que os militares continuariam com assassinatos seletivos de membros da Jihad Islâmica.

O conflito recente também gerou uma repercussão internacional, com comunicados oficiais de vários países pedindo um cessar-fogo. Entre eles estão a Alemanha, França, Reino-Unido e também a ONU.

Apesar disso, os confrontos não tem uma previsão para acabar, podendo resultar em uma escalada sem precedentes.

Todo o material foi compilado do portal Times of Israel.

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